Educação Maker e o Impacto nas Smart Cities

A educação maker, uma abordagem pedagógica que promove o “aprender fazendo”, estimulando a criatividade, a inovação e o pensamento crítico Originada do movimento maker, que ganhou força no início dos anos 2000, essa metodologia tem suas raízes na cultura do “faça você mesmo” (DIY – Do it yourself), incentivando os alunos a construírem e criarem com as próprias mãos, utilizando uma variedade de materiais e tecnologias. Pensando em um cenário sócio econômico que precisa de inúmeras mudanças, a educação maker é uma possibilidade viável, sustentável e com grandes impactos no ensino aprendizagem dos alunos. Movimento que acompanha o cenário de soluções inteligentes para novas demandas sociais.

Baseada na ideia de que o aprendizado é mais eficaz quando os alunos estão ativamente engajados em projetos práticos, a abordagem maker valoriza a experimentação, a resolução de problemas e a colaboração, permitindo que os alunos adquiram habilidades técnicas e socioemocionais. Ao invés de um currículo tradicional baseado na memorização de informações, a educação maker incentiva a exploração e a inovação.

Início da Educação Maker

O movimento maker começou a ganhar destaque com a publicação da revista “Make” em 2005, que celebrava inventores, hackers e entusiastas de tecnologia. A partir daí, a filosofia maker começou a ser incorporada em espaços educacionais, principalmente nos Estados Unidos. Escolas e universidades começaram a criar “Makerspaces”, ambientes equipados com ferramentas e tecnologias onde os alunos podiam experimentar e criar.

Impacto na Aprendizagem

A educação maker tem mostrado ser uma metodologia poderosa para o ensino-aprendizagem. Pesquisas indicam que estudantes envolvidos em atividades maker desenvolvem habilidades críticas para o século XXI, como criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas, comunicação e colaboração. Além disso, essas atividades podem aumentar o engajamento dos alunos, pois eles veem a aplicação prática do que estão aprendendo.

Nas smart cities, a educação maker pode ser ainda mais impactante. Essas cidades, que utilizam tecnologias avançadas para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos, podem beneficiar-se de uma população educada e criativa. Ao integrar a educação maker nas escolas, as smart cities podem cultivar uma geração de inovadores que contribuirão para o desenvolvimento contínuo e sustentável da cidade.

Custo Estimado de Implantação de uma Sala Maker

A implantação de uma sala maker pode variar significativamente em custo, dependendo do tamanho do espaço e dos equipamentos incluídos. Uma estimativa básica para uma sala maker inclui:

Equipamentos de prototipagem (impressoras 3D, cortadoras a laser, etc.); Ferramentas manuais e eletrônicas; Materiais de consumo (filamentos para impressoras 3D, madeira, plástico, etc.); Mobiliário (mesas, cadeiras, bancadas de trabalho); Software e licenças. Um custo que pode variar entre R$ 80.000 a R$ 175.000, dependendo das especificidades do projeto e da qualidade dos materiais e equipamentos adquiridos.

Exemplos de Cidades Brasileiras com Educação Maker

Diversas cidades brasileiras têm experimentado a educação maker com sucesso, integrando essa metodologia em suas redes de ensino. Veja alguns exemplos de cidades e estados brasileiros que estão trabalhando na implantação da cultura maker. Os links trazem exemplos dos projetos.

São Paulo (SP): A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo tem implementado salas maker em várias escolas, oferecendo aos alunos a oportunidade de participar de atividades práticas e inovadoras.

Link para mais: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/inovacao/noticias/?p=346837

Curitiba (PR): Conhecida por suas iniciativas em inovação, Curitiba tem promovido a educação maker em suas escolas, com a criação de espaços dedicados à experimentação e ao aprendizado prático.

Link para mais: https://www.bemparana.com.br/noticias/parana/cultura-maker-do-fab-lab-do-cajuru-e-apresentada-a-alunos-a-rede-municipal/Notícias

Belo Horizonte (MG): A capital mineira também tem investido em educação maker, com a instalação de makerspaces em escolas municipais e programas de capacitação para professores.

Link para mais: https://www.ifnmg.edu.br/mais-noticias-portal/629-noticias-nit/30598-cultura-maker-no-ifnmg-desenvolvendo-e-fortalecendo-a-formacao-a-partir-da-criatividade-e-inovacao

Fortaleza (CE): E m Fortaleza, a educação maker está sendo utilizada como uma ferramenta para engajar os alunos e melhorar o desempenho escolar, com projetos que incentivam a criatividade e a inovação.

Link para mais: https://www.opiniaoce.com.br/projeto-fabrica-de-ideias-leva-equipamentos-de-ultima-geracao-para-escolas-de-fortaleza/

A educação maker representa uma abordagem transformadora para o ensino-aprendizagem, especialmente relevante no contexto das smart cities. Ao incentivar a experimentação, a criatividade e a colaboração, essa metodologia prepara os alunos para os desafios do futuro, contribuindo para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e sustentáveis. A implantação de salas maker pode requerer um investimento inicial significativo, mas os benefícios em termos de desenvolvimento de habilidades e engajamento dos alunos fazem desse investimento uma aposta promissora para o futuro da educação.

Link para o painel sobre Sala MAKER – Início da palestra: a partir do minuto 15 do vídeo.

Texto: Fernanda de Freitas – Jornalista MTb5427/SC

Local do evento:
CENTRO DE EVENTOS
Av. Padre Theobald, 1700,
Nova Petrópolis/RS
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